Da Redação IDGNow
Em 28/03/2017.
Elon Musk, CEO da Tesla e da SpaceX, parece ter agora uma nova ambição que buscará conectar diretamente nossos cérebros com máquinas.
Segundo informações do Wall Street Journal, o empresário está por trás de uma nova empresa, a Neuralink, que concentra esforços para desenvolver uma interface cérebro-máquina.
O jornal foi o primeiro a reportar a ligação entre Musk e a Neurolink, fundada como uma empresa de pesquisa médica na Califórnia em julho passado. De acordo com a publicação, a companhia se encontra em estágio inicial.
O site The Verge lembra que Musk já havia dado indícios da existência da Neuralink em algumas ocasiões nos últimos meses. "Com o tempo, eu penso que nós provavelmente veremos uma fusão mais próxima entre a inteligência biológica e a inteligência digital", disse a uma plateia em Dubai. Ele disse que se trataria de impulsionar a velocidade de conexão entre o cérebro e a versão digital de nós mesmos.
Em resumo, o objetivo da Neurolink é criar dispositivos que possam ser implantados no cérebro humano para ampliar nossas capacidades cognitivas. A ideia é que ao fundir nosso cérebro com o software, conseguiremos manter nossa raça a par da rápida evolução da inteligência artificial.
Interfaces do tipo cérebro-máquina que recorrem a implantes invasivos de eletrodos já existem atualmente. Entretanto, seu uso é limitado ao tratamento de pacientes com Parkinson e epilepsia e outras doenças neurodegenerativas. O tratamento aqui é realizado com o objetivo de atenuar os sintomas de tais doenças.
No ano passado, um homem tetraplégico nos Estados Unidos conseguiu sentir o toque em uma mão robótica através de eletrodos implantados no seu cérebro. Segundo os pesquisadores, tratava-se da primeira vez que um implante neural permitiu que uma pessoa pudesse ter a sensação do toque através de uma prótese ao estimular diretamente seu cérebro.
O The Verge ainda cita a startup Kernel, criada pelo cofundador da Braintree, Bryan Johnson, que também tenta ampliar nossas capacidades cognitivas.
Johnson investiu US$ 100 milhões do próprio bolso e está aumentando seu time de neurocientistas e engenheiros de software na tentativa de reverter os efeitos de doenças degenerativas e, eventualmente, tornar nossos cérebros mais rápidos, inteligentes e conectados.
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