quarta-feira, 21 de junho de 2017

Vulnerabilidades no Windows e Linux podem abrir brecha para outro mega-ataque de ransomware

Por Computerworld em 20/06/2017.



Mais de um mês após ao ataque do ransomware WannaCry, que atingiu mais de 70 países, uma nova onda de malware que se autopropaga pode estar por vir devido a duas novas vulnerabilidades: uma no serviço de desktop remoto (RDP) do Windows e outra por causa de falha que atinge máquinas Linux com o serviço Samba. O alerta é do Laboratório de Inteligência da Cipher, empresa global de segurança cibernética.
A vulnerabilidade afeta máquinas Windows XP e Windows 2003 Server, sistemas cujo suporte foi descontinuado pela Microsoft. O exploit, chamado EsteemAudit, também foi publicado pelo grupo hacker autodenominado Shadow Brokers, responsável pela divulgação da falha EternalBlue que deu origem ao WannaCry. Cerca de 7% dos computadores pessoais ainda utilizam a versão XP do Windows e estimativas dão conta que 600 mil servidores web ainda estão rodando a versão Server 2003. A Microsoft divulgou atualização para essa falha.
Já o Samba é um serviço do Linux utilizado para compartilhamento de arquivos e compatibilidade com sistemas operacionais Windows, permitindo a troca de arquivos e sessões de comunicação entre os dois sistemas operacionais. A falha também permite a execução de código remoto em dispositivos Linux e a criação de um “wormable malware”, ou seja, um software malicioso que pode infectar outros dispositivos conectados em rede automaticamente.
De acordo com o especialista em cibersegurança da Cipher, Fernando Amatte, é necessário ter cuidado ao conectar um dispositivo à internet. “Valide as regras dos dispositivos que estão expostos e, caso seja necessário o uso do RPD, ele deve ser feito via uma conexão VPN”, alerta.
O grande risco nesse caso está em equipamentos do tipo NAS (Network Attached Storage), que são discos rígidos externos com capacidade de conexão em rede utilizados para armazenar fotos, vídeos e arquivos pessoais. Esses dispositivos utilizam, via de regra, Linux e não possuem processo de atualização automatizada.
“Por enquanto notamos, entre os nossos clientes, que os casos relacionados a possíveis problemas são isolados, mas se não formos cautelosos, uma nova gama de ataques pode acontecer. A recomendação é alertar aos gestores para tomarem cuidado e procurar atualizações nos sites dos fornecedores, além de buscar um especialista em segurança da informação para saber o nível de risco de exposição em que a empresa se encontra”, finaliza Amatte.
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