Da Redação CIO
Publicada em 10 de junho de 2017
No último ano, ganhou força uma nova tendência no mercado de TI: o armazenamento definido por software (SDS, sigla em inglês). Trata-se de uma solução que responde aos grandes desafios dos ambientes de tecnologia das empresas, ao oferecer mais flexibilidade, escalabilidade, economia e redução da complexidade do armazenamento de dados. Agora, um estudo internacional encomendado pela Suse, e conduzido instituto de pesquisa britânico Loudhouse, revela que 95% das empresas pesquisadas expressaram interesse na abordagem de armazenamento flexível e que quase dois terços, ou seja, 63%, disseram que devem adotar de fato o storage definido por software nos próximos 12 meses.
O estudo abrangeu uma ampla variedade de segmentos de mercado. Ao todo, foram ouvidos 1,2 mil decisores de TI em 11 países. As empresas pesquisadas enxergam algumas vantagens comerciais e tecnológicas no storage definido por software, como:
. Menor custo de propriedade — 81% dos entrevistados acham que o business case para storage definido por software é atraente, e 72% cada vez mais estão avaliando sua capacidade de armazenamento baseada no custo total de propriedade ao longo do tempo. 73% concordam que existe uma grande conexão entre o armazenamento de dados e questões críticas de negócios. Mais escalabilidade — 96% de empresas consideram positiva a escalabilidade do negócio de storage definido por software, e 95% acham seu tempo, desempenho, escalabilidade técnica e de custo atraentes.
. Mais desempenho — O principal benefício esperado do storage definido por software é a melhoria da performance de todo o sistema, segundo mais da metade dos entrevistados (52%). Outros benefícios esperados incluem a facilidade na modernização de aplicações e serviços web, mobile e big data, redução nos custos de suporte e manutenção reduzidos, suporte para inovação e facilidade de implantação.
. Proximidade das tendências tecnológicas — Mais da metade dos entrevistados acredita que a adoção de projetos em nuvem (54%) e a análise de big data (50%) são tendências significativas que acelerarão o movimento do setor de armazenamento definido por software.
O interesse pelo armazenamento definido por software também se estende ao mundo open source, já que 75% das empresas considerariam uma abordagem de código aberto para sua infraestrutura de armazenamento e 42% já estão considerando open source para atender as suas necessidades de armazenamento.
"Não é nenhum segredo que os dados continuarão a crescer a um ritmo impressionante, por isso, soluções de armazenamento é imperativo para que os dados sejam escaláveis e acessíveis", diz Gerald Pfeifer, vice-presidente de produtos e programas de tecnologia da SUSE. "Este estudo confirma que as empresas estão ativamente buscando soluções para lidar com esse fenômeno, e o storage definido por software atende esse desafio. A SUSE está liderando essa mudança, ajudando seus clientes a gerenciar esses dados com software de armazenamento de código aberto totalmente escalável e com um modelo de preços extremamente atraente."
No Brasil, o cenário não é muito diferente. Segundo Ricardo Bimbo, diretor da SUSE no Brasil, a tendência é a mesma no mercado nacional. “Além da economia que pode ser gerada, vemos os clientes buscando o storage definido por software como um instrumento de controle mais sofisticado sobre o uso e o armazenamento dos seus dados.”
Mas afinal, o que é SDS?
Apesar de ainda existirem diferentes definições, há um consenso de que trata-se de uma tecnologia que separa software e serviços de armazenamento da camada de hardware, para aumentar a flexibilidade, escalabilidade, automação e redução de custos.
A diferença entre a virtualização de armazenamento e o SDS está no fato de que, esse último, permite criar um pool de recursos de hardware e adicionar ferramentas de monitoramento e automação. Ou seja, desloca as funções não relacionadas ao appliance de armazenamento e as coloca mais perto da computação, oferecendo melhor balanceamento de cargas, reduzindo cargas de trabalho operacionais e aumentando o tempo de resposta e a flexibilidade.
O modelo SDS reduz a complexidade porque separa o software e os serviços de armazenamento da camada de hardware, proporcionando maior flexibilidade, escalabilidade e economia às empresas.
Na prática, os ambientes de armazenamento da maior parte das organizações são fragmentados, incluem diferentes tecnologias (SAN, NAS, Flash, entre outras), múltiplos fornecedores, ferramentas e sistemas de gerenciamento. Por outro lado, precisam lidar com novos tipos de informações, como dados não estruturados, Big Data e Internet das Coisas. E, para piorar, possuem orçamentos que não crescem de acordo com a evolução dos requerimentos de armazenamento de dados. O que torna a automação por software cada vez mais importante e fundamental.
Essa abordagem permite criar novos ambientes de armazenamento, respeitando o legado, ao utilizar a infraestrutura existente nas empresas. O que contribui para as perspectivas positivas projetadas pela IDC, a qual projeta que as plataformas SDS – apesar de ainda estarem em estágio inicial de adoção por parte das empresas – cresçam mais rápido do que qualquer outro segmento do mercado de armazenamento e sejam adotados por diferentes perfis de empresas que fazem uso intensivo de dados.
Enfim, o sucesso do armazenamento definido por software está pautado na capacidade dos fornecedores de desenvolverem soluções que atendam às necessidades dos clientes e coloquem os dados certos, no lugar e na hora adequados e com o custo justo.
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