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terça-feira, 21 de julho de 2020

Cibercriminosos brasileiros realizam ataques com foco em bancos de outros países


Foto: Shutterstock

O Brasil é um dos países nos quais os cibercrimonosos são conhecidos por serem criativos e eficientes quando se fala em ameaças financeiras, desenvolvendo malwares que utilizam de engenharia social para roubar credenciais financeiros de pessoas. E essas ameaças, que sempre foram mais locais, agora estão sendo levadas para outros países. 

De acordo com pesquisadores da Kaspersky, quatro famílias de trojans bancários - nomeados de Guildma, Javali, Melcoz Grandoreiro - atuam na Europa e América Latina, mas também mostram interesse em fazer vítimas na América do Norte e China. Esta tendência foi nomeada como Tetrade e o conjunto de trojans traz as últimas inovações em malware bancários em técnicas de evasão e ocultamento. 

Essa internacionalização já existiu no início de 2011, quando alguns grupos começaram a fazer experiências ao exportar trojans com códigos simples e taxa de sucesso limitada, ações essas que não foram continuadas. Porém, a Kaspersky assinala que o Tetrade se caracteriza por inovações que permitiram a expansão mundo afora e consolidaram o País como exportador de malware 

"Os criminosos brasileiros, como os que estão por trás dessas quatro famílias de malware bancário, estão recrutando ativamente afiliados em outros países para exportar suas ameaças para o mundo inteiro”, comenta Dmitry Bestuzhev, chefe da Equipe GReAT na América Latina.

Ações internacionais 

Das quatro ameaças citadas, a Kaspersky destaca a Guildma, que está ativa desde pelo menos 2015 e se espalha principalmente por e-mails de phishing disfarçados como notificações ou comunicados legítimos de empresas.

A partir de 2019, ele começou a armazenar seus módulos no disco usando um formato de arquivo especial, dificultando a identificação destes arquivos no computador da vítima.  

Além disso, ele salva a comunicação com o servidor de controle de forma criptografada em páginas do Facebook e do YouTube, tornando sua classificação como malicioso mais complicada por se tratar de sites muito populares. Isso permite que o servidor de controle possa ser utilizado pelo malware por muito mais tempo. 

Já o trojan bancário nomeado como Javali está ativo desde 2017 e foi identificado ataques contra clientes no México. Da mesma forma que o Guildma, ele também se dissemina por e-mails de phishing e começou a usar o YouTube para hospedar sua comunicação C2. A terceira família, Melcoz, está ativa desde pelo menos 2018 e se espalhou em países como México e Espanha. 

Finalmente e igualmente importante, o Grandoreiro começou a mirar usuários na América Latina antes de se expandir para países da Europa. Está ativo desde pelo menos 2016 e segue um modelo de negócios de malware como serviço, em que cibercriminosos locais podem comprar o acesso às ferramentas necessárias para lançar um ataque.  

Para Bestuzhev, da Kaspersky, esses casos tendem a crescer e se diversificarem: “Nossa previsão é de que essas quatro famílias comecem a atacar outros bancos em outros países e que apareçam novas famílias. Por isso, é extremamente importante para as instituições financeiras monitorar essas ameaças de perto e tomar medidas para reforçar seus recursos antifraude". 


segunda-feira, 9 de março de 2020

9 passos essenciais para manter a segurança dos dados no home office em tempos de LGPD

Por Computerworld em 06/03/2020.

Foto: Shutterstock

O trabalho remoto tem sido incentivado por muitas companhias como forma de atração e retenção de talentos das Gerações Z e Millenials. Mas como fica a questão da segurança das informações e o sigilo quando os funcionários não estão sob a mesma rede corporativa? Com chegada da LGPD - Lei Geral de Proteção de Dados, no mês de agosto é necessário ter em mente a segurança das informações que os colaboradores manipulam de suas casas (ou de outros locais que escolham trabalhar).
Especialistas do escritório de advocacia Marcelo Tostes Advogados aponta, que, para realizar o trabalho remoto de forma segura, é necessário estabelecer processos. Por exemplo, a tela do notebook pode ser bloqueada após um período determinado de não uso da máquina. Se os colaboradores estiverem usando serviços em nuvem ou VPN, o departamento de TI pode configurar o monitoramento do dispositivo, incluindo verificações de invasão de dispositivos ou bloqueando as informações para que elas não possam ser salvas da nuvem para a “unidade local C”.
O acesso eletrônico de informações também deve dar atenção à segurança do Wi-Fi doméstico, que pode gerar grande vulnerabilidade. Segundo o 3º Relatório Anual Global de Segurança de Senhas do LastPass by LogMeIn, 80% das violações relacionadas a hackers estão ligadas a credenciais roubadas e reutilizadas. Por isso, as empresas devem tomar medidas para aprimorar a segurança com senhas e acessos a fim de reduzir os riscos.
Nesse aspecto, é importante ressaltar também que é necessário possuir um plano de proteção para a documentação física. A empresa deve realizar uma avaliação para compreender se determinada documentação possui dados sensíveis - como são chamados os dados com informações pessoais de indivíduos - e então prever o risco caso o arquivo seja extraviado. A perda de registros em papel é considerada uma violação da LGPD, sendo obrigação da empresa relatar e notificar às pessoas afetadas.
Segundo os especialistas, algumas regras que a empresa pode criar nesse processo devem incluir: quem tem permissão para levar a papelada para casa, quais documentos podem ser levados e quais devem continuar na empresa, e qual seria a forma correta para o transporte dos registros.
"Uma parte importante para o sucesso dos processos de segurança é o treinamento dos colaboradores sobre a importância de proteger as informações em sua responsabilidade, incluindo um plano de ação no caso de extravio de dados", aconselha o escritório.
Abaixo, os especialistas aconselham alguns passos para aprimorar a segurança no trabalho remoto:
  • Criptografe os dispositivos: a criptografia é absolutamente essencial para dados confidenciais;
  • Proteja o navegador: é possível obter dicas do US-Cert sobre como navegar com segurança;
  • Invista em uma VPN;
  • Backup: invista em uma solução de backup para os dados dos clientes. O armazenamento seguro de dados é essencial;
  • Usar os recursos dos clientes: se não poder garantir a segurança dos dados confidenciais de um cliente, pode ser interessante checar se é possível ter acesso aos recursos de segurança deles;
  • Autenticação de dois fatores: importante para usar em qualquer lugar, especialmente se utilizar aplicativos on-line;
  • Sensibilização para a segurança: atenção no que é compartilhado sobre os clientes nas mídias sociais. Um hacker pode se fazer de “amigo” para tentar obter informações;
  • Prevenir possíveis explorações: um Firewall de Aplicativo da Web (WAF) ou um Sistema de Prevenção de Intrusões (ISP) focado na vulnerabilidade pode ajudar a identificar variantes de exploração e procurar proativamente as mesmas vulnerabilidades de rede que os invasores estão procurando;
  • Usar proteção antivírus eficaz.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Conheça os 3 supercomputadores brasileiros que estão entre os melhores do mundo

Da Redação ComputerWorld em 17/02/2020

Foto: Shutterstock

Enquanto a computação quântica ainda é uma tecnologia que está em desenvolvimento e só funciona sob condições extremas, as análises de grande porte realizadas por governos, laboratórios e empresas são realizadas como auxílio de computadores de alta performance  - os supercomputadores. 
Eles são máquinas com velocidade de processamento e capacidade de memória milhares de vezes superiores aos computadores comerciais. Esses equipamentos são utilizados para processamento paralelo, cálculos complexos e tarefas extensas e intensivas, que exigem na ordem de quatrilhões de cálculos por segundo.  
Essas máquinas geralmente são empregadas para pesquisas científicas em múltiplas áreas e com grandes volumes de dados, como meteorologia, geologia, medicina, Óleo & Gás, física etc. Recentemente, foi divulgada mais uma edição do ranking TOP 500 de supercomputadores, que classifica os computadores de alta performance no mundo.  
Fazem parte desta lista três supercomputadores brasileiros, que também são as máquinas mais potentes da América Latina. São eles: 

Santos Dumont 

Instalado em Petrópolis, no Rio de Janeiro, o Santos Dumont acaba de receber uma atualização de 4 Petaflops, passando para a capacidade de processamento total de aproximadamente 5,1 quatrilhões de operações por segundo, um aumento de aproximadamente 360% se comparado às especificações originais de 2015 de 1,1 Petaflops.  


A expansão é uma iniciativa em conjunto com o Consórcio Libra, liderado pela Petrobras e visa apoiar o desenvolvimento de pesquisas no setor de petróleo e gás, principalmente para estudos de imagens sísmicas em profundidade e simulação de reservatório em tempo real, com mais precisão.  
O SD está envolvido em cerca de 150 projetos de pesquisas que atendem desde a exploração de petróleo e gás, carvão mineral e energias renováveis, a ações como a pesquisa do vírus da ZIKA e Dengue, desenvolvimento de fármacos para HIV e estudos sobre clima. No ranking dos TOP 500 o Santos Dumont é o supercomputador de N°193. 
O consórcio de Libra é formado pelas empresas Petrobras (Operadora, com 40%), Total (20%), Shell Brasil (20%), CNPC (10%) e CNOOC Limited (10%). O consórcio tem ainda a participação da companhia estatal Pré-Sal Petróleo (PPSA), que exerce papel de gestora do contrato. 
Fênix 
Em 195º no ranking dos TOP 500 está o Fênix, supercomputador utilizado pela Petrobras para desenvolvimento, aplicação de algoritmos e processamento de dados geofísicos.  
Com 48.384 núcleos de processamento e 55.296 gigabytes de memória, o Fênix processa dados geofísicos de sub superfície, os quais são adquiridos na superfície marinha ou terrestre, criando uma imagem bem definida do subsolo e de seus aspectos, tornando possível a identificação de possíveis acumulações de petróleo.  
O supercomputador otimiza o processo de geração das imagens sub superfície, diminuindo em até 4x o tempo de processamento dos dados geofísicos. O Fênix está localizado na Petrobras de Vargem Grande (RJ). 

Ogbon 

Na posição 347° do TOP 500 se encontra o supercomputador Ogbon que fica alocado no Centro de Supercomputação do Senai Cimatec, em Salvador. O equipamento foi financiado pela Petrobras e é utilizado na pesquisa aplicada de Geologia, Geofísica, Engenharia de Reservatórios e outros setores que abrangem a questão de óleo e gás.  
O Ogbon é composto por 78 nós de computação GPU (total de 312 placas aceleradoras GPU Nvidia V100 NVLink, totalizando 2.4 PetaFlops de pico e 1.6 PetaFlops sustentáveis) e 27 nós de processamento CPU com processadores Intel Cascade Lake. 
 "O Brasil já faz parte da lista das nações com grande capacidade de supercomputação, que cada vez mais se faz necessária para resolver probl

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Microsoft e NSA confirmam falha grave no Windows 10. O que você deve fazer?

PC World (EUA) 16/01/2020 às 15h00





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Como esperado, a Microsoft revelou uma falha no Windows que afetou a biblioteca criptográfica do Windows 10. Apesar disso, as atualizações publicadas na última terça-feira (14) corrigem o problema, específico do Windows 10 e Windows Server.A falha, CVE-2020-0601, foi encontrada na biblioteca criptográfica do modo de usuário, CRYPT32.DLL, que afeta os sistemas do Windows 10. (Ao contrário dos rumores anteriores, não afeta o Windows 7, que coincidentemente foi encerrado na terça-feira.) 

Felizmente, a Microsoft relatou que a biblioteca não estava em uso ativo, embora isso não impeça um invasor de explorar a falha. Especificamente, o ataque pode permitir que o malware seja ocultado por trás de uma assinatura criptográfica falsificada. Portanto, o antivírus pode identificar o malware como aplicativo legítimo, induzindo o usuário a se tornar uma vítima.

A Microsoft não citou a fonte que revelou a vulnerabilidade. O Washington Post havia relatado que a Agência de Segurança Nacional (NSA) desenvolveu a pesquisa e a entregou à gigante da tecnologia. A própria NSA recebeu o crédito pela descoberta em um comunicado de segurança. "A exploração da vulnerabilidade permite que os invasores derrotem as conexões de rede confiáveis ​​e forneçam código executável enquanto aparecem como entidades legitimamente confiáveis", afirmou a NSA.

“Exemplos onde a validação de confiança pode ser afetada incluem: conexões HTTPS, arquivos e e-mails assinados, [e] código executável assinado iniciado como processos no modo de usuário.”
A NSA aconselhou que os usuários apliquem os patches do Patch Tuesday o mais rápido possível para evitar riscos. 

"A NSA avalia que a vulnerabilidade é grave e que atores cibernéticos sofisticados entenderão a falha subjacente muito rapidamente e, se explorados, tornarão as plataformas mencionadas anteriormente como fundamentalmente vulneráveis", escreveu a NSA. 

“As consequências de não corrigir a vulnerabilidade são graves e generalizadas. As ferramentas de exploração remota provavelmente serão disponibilizadas de forma rápida e ampla.” Os usuários devem garantir que os seus PCs com Windows 10 estejam atualizados.

sábado, 3 de agosto de 2019

Novo grupo hacker tem como alvo empresas de energia e telecomunicações

Por Computerworld em 02/08/2019

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A Dragos, empresa de segurança industrial, descobriu recentemente um novo grupo de hackers. Chamado de Hexane, o grupo está visando ataques a empresas de telecomunicações e de energia na África e Oriente Médio. As informações são do TechCrunch.
Conforme a reportagem do site especializado, a Dragos aponta que o Hexane é o mais recente de uma lista com nove grupos de hackers identificados. Ao que tudo indica, os cibercrimonosos podem ter as companhias de telecomunicações como alvo, potencialmente como um "trampolim" para obter acesso às redes de empresas de gás e petróleo.
Apesar de não ter entrado em detalhes, a Dragos indica que o grupo está comprometendo dispositivos, firmware e redes de telecom.
Para os pesquisadores, o Hexane ainda não tem capacidade de ataque para interromper redes de controle de operações contínuas em usinas e fornecedoras de energia, mas o grupo pode usar sua influência nas telecomunicações como precursora para ataques às redes de controle industriais.
O Hexane foi observado pela primeira vez em meados de 2018, com comportamentos semelhantes a outros grupos, como o OilRig, suspeito de ter ligações com o Irã. No entanto, a Dragos afirma que as ferramentas e as vítimas do Hexane tornam o grupo “uma entidade única” em comparação aos demais.

terça-feira, 23 de julho de 2019

Ciberataques custam US$1,35 milhão em média para empresas no Brasil


Foto: Shutterstock


Uma violação de dados por meio de um ataque cibernético tem um custo médio de 1,35 milhão de dólares para as empresas brasileiras, de acordo com um novo relatório feito em parceria entre a IBM Security e o Instituto Ponemon.
De acordo com o estudo em questão, intitulado “Cost of a Data Breach” (“Custo de uma Violação de Dados”), esse valor representa um aumento de 18,93% em relação ao registrado no ano passado.
O levantamento também revela que cresceu no último ano o tempo médio para identificar uma violação de dados entre as empresas brasileiras, de 240 dias para 250 dias.
Além disso, aumentou de 100 dias para 111 dias o período médio para as companhias do país conseguirem contar uma violação de dados, em comparação a 2018.
Prejuízo maior nos EUA
Vale notar ainda que, conforme a pesquisa, as violações de dados por meio de ciberataques custam muito mais para as empresas nos Estados Unidos, em torno de 8,19 milhões de dólares, mais do que o dobro da média do estudo.
Empresas de saúde
Pelo nono ano consecutivo, de acordo com o relatório, as organizações de saúde registraram os maiores custos associados a violações de dados, com quase 6,5 milhões de dólares – mais de 60% superior à média do setor.

Metodologia
De acordo com a IBM, o estudo é feito com base em entrevistas detalhadas com mais de 500 empresas em todo o mundo, incluindo o Brasil, que sofreram violação no último ano. Conforme a organização, a análise leva em conta centenas de fatores de custo, incluindo atividades legais, regulamentares e técnicas para a perda de valor de marca, clientes e produtividade dos funcionários.

terça-feira, 9 de julho de 2019

Linux ultrapassa Windows Server no Microsoft Azure


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Quando a Microsoft anunciou o lançamento de distribuições Linux em seu serviço de nuvem, poucas pessoas levaram o assunto a sério. Afinal, em 2012 o CEO da companhia era Steve Ballmer, que chegou a afirmar que considerava o Linux "um câncer".
Mas o investimento da empresa de Redmond deu certo. Isso porque, de acordo com informações do site especializado ZDNet, recentemente um desenvolvedor da Microsoft, chamado Sasha Levin, revelou que o uso do Linux ultrapassou o Windows Server no Azure.
O processo de crescimento do pinguim na plataforma da Microsoft se deu aos poucos, conforme aponta o próprio ZD Net. Em 2015, Mark Russinovich, CTO do Azure, afirmou que 25% das instâncias rodavam Linux. Em seguida, em 2017, a Microsoft anunciou que o Linux já era responsável pela participação de 40% nas máquinas virtuais. No ano seguinte, o número subiu para a metade, e agora Levin afirmou que o uso do Linux já é maior que o Windows no serviço de nuvem.
Segundo Scott Guthrie, vice-presidente-executivo de nuvem e grupo corporativo da companhia, os usuários estão migrando para sistemas operacionais de código aberto há cerca de uma década. "Tudo começou há mais de 10 anos, quando criamos o ASP.NET de código aberto. Reconhecemos que o código aberto é algo de que todo desenvolvedor pode se beneficiar. Não é legal, é essencial. Não é apenas código, é comunidade."
Sem contar o Sphere OS, da própria Microsoft, atualmente há oito distribuições Linux disponíveis no Azure: Red Hat, SUSE, openSUSE, Ubuntu, CentOS, Debian, CoreOS e Oracle Linux.

sábado, 15 de junho de 2019

Dropbox amplia foco em colaboração e comunicação com nova atualização

Computerworld / EUA 14/06/2019 

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Em um esforço para se reposicionar como um hub de produtividade e colaboração, o Dropbox realizou uma renovação significativa em seu software de compartilhamento de arquivos.
O objetivo da empresa é combinar várias ferramentas digitais de trabalho fragmentadas em um único lugar. “É um espaço de trabalho único para organizar seu conteúdo, conectar suas ferramentas, e reunir todos, independente de onde estiverem”, afirmou a empresa em seu blog nesta semana.
Para isso, a companhia aposta em três componentes principais. Confira abaixo!
Em primeiro lugar, o Dropbox combina documentos de uma variedade de fontes, incluindo Google Docs, Sheets e Slides e arquivos do Microsoft Office, tornando-os acessíveis em um lugar. Os usuários podem criar, organizar e compartilhar conteúdo diretamente a partir do Dropbox, segundo a companhia, enquanto que atalhos favoritos para páginas web e outras ferramentas SaaS também podem ser armazenadas. E o app também ganhou uma interface melhorada para buscar documentos.
Em segundo lugar, as integrações com ferramentas de colaboração e comunicação, incluindo Slack e Zoom, tornam mais fácil conversar com colegas de trabalho sem precisar sair do Dropbox.
E, por fim, o novo app vai ajudar os usuários a coordenarem seus trabalhos digitais. Isso significa incorporar funcionalidades “leves” de gerenciamento de projetos, como listas de coisas a fazer, @menções para designar tarefas, e a habilidade de marcar documentos em pastas de projetos específicos. Também é possível verificar o progresso em arquivos compartilhados com um novo feed de atividades da equipe.
Os novos recursos, que estarão disponíveis on-line e no app desktop do Dropbox, chegam sem nenhum aumento nos planos do Dropbox e também estarão disponíveis na versão gratuita do serviço.
O Dropbox possui mais de 13 milhões de assinantes pagos, segundo os seus resultados financeiros mais recentes, tendo atingido uma receita de 385,6 milhões de dóalres durante o primeiro trimestre de 2019.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Python: principal caso de uso é para ciência de dados, mostra estudo

Por Serdar Yegulalp em 08/02/2019 no site Computerworld

python
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JetBrains, criadora da plataforma PyCharm IDE for Python, divulgou os resultados da pesquisa Python Developers 2018, um retrato de ferramentas, preferências e percepções de mais de 20 mil desenvolvedores de Python em todo o mundo. A pesquisa, que ouviu profissionais de mais de 150 países - incluindo o Brasil -, mostra que o uso geral do Python está crescendo, com a análise de dados emergindo como o principal caso de uso, embora desenvolvimento, teste e automação da web ainda estejam em alta.
Dos desenvolvedores de Python pesquisados, 84% disseram que o Python era sua principal linguagem de desenvolvimento, com 50% citando o JavaScript como segunda opção. Ainda, afirmaram que HTML/CSS tomava o terceiro lugar em 47% dos que sugerem o papel principal do Python na criação de aplicativos da Web – sejam sites voltados ao público, aplicativos privados ou aplicativos de desktop equipados com front-end da web (por exemplo, Electron).
Em relação à adoção do Python 2 vs. Python 3, a pesquisa mostra 84% usando Python 3 e 16% ainda usando Python 2. Entre os usuários do Python 3, 54% estão usando Python 3.6 e 30% o Python 3.7, com o restante dividido entre outras versões.
O crescimento do uso do Python 3 tem sido estável ano a ano desde 2013, mas a implicação é que alguma margem de usuários continuará trabalhando com ele até o fim de sua vida útil em 2020. A pesquisa não investigou por que os desenvolvedores usam o Python 2, se pelo peso do legado do código, se pelos requisitos institucionais ou se simplesmente pela preferência do desenvolvedor.
Cerca de 52% dos entrevistados listaram desenvolvimento web como sua principal tarefa em Python. Quando os entrevistados foram solicitados a identificar um único caso de uso, em vez de todos os casos de uso em Python, o desenvolvimento Web encabeçou a lista em 27%. A pesquisa também revelou que Flask (47%) e Django (45%) eram, de longe, os frameworks web Python mais usados.
A análise de dados – a tarefa com a qual o Python se tornou mais amplamente associado nos últimos anos – foi citada por 58% de um dos casos de uso em Python. Lá, pacotes como o NumPy (62%), o Pandas (51%), o Matplotlib (46%) e o SciPy (38%) têm autoridade. Um campo relacionado, o machine learning, foi encontrado em 38% dos usuários, sendo o TensorFlow (25%) a estrutura de machine learning mais usada. Das ferramentas de big data para Python, o Apache Spark (12%) foi o vencedor.
Os conjuntos de tarefas aos quais o Python está associado desde a sua criação ainda estão bem representados: automação de sistema (43%), web scraping (37%), teste de software (32%), todos ainda figuram fortemente. Jenkins/Hudson (25%) e Ansible (20%), Requests (53%) e Pytest (46%) foram as principais escolhas de ferramentas nessas áreas.
A maioria dos desenvolvedores de Python trabalha com o Linux (69%), mas os desenvolvedores do Windows também são bem representados (47%). No entanto, a pesquisa não deixou claro qual porcentagem de usuários do Windows Python está executando o Python de forma nativa, em vez de usar Windows Subsystem para Linux. Dito isso, a experiência do Python no Windows tornou-se muito menos problemática nos últimos principais lançamentos. As melhores ferramentas integradas ao IDE também ajudaram – não apenas o PyCharm, mas também o Microsoft Visual Studio e o Visual Studio Code.
Sendo esta uma pesquisa patrocinada pela JetBrains, é natural que as principais opções da IDE incluam PyCharm (20%) e PyCharm Community Edition (15%). O Visual Studio Code ficou em segundo lugar, com 16%, o que não surpreende, dado seu sucesso geral com os desenvolvedores e a força de seu suporte em Python. Seu plug-in Python é um projeto patrocinado pela Microsoft.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Microsoft Teams: principais recursos, projeções e como se compara ao Slack

Matthew Finnegan em 31/10/2019 no site Computerworld.


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A entrada da Microsoft em software de colaboração trouxe um novo panorama para este mercado. A empresa de Redmond lançou no ano passado o Teams como sua própria visão deste crescente mercado, liderado por Slack e também disputado por gigantes como GoogleFacebook e Cisco.
Como acontece com todas suas ferramentas de bate-papo, o principal objetivo da Microsoft é conectar funcionários e aprimorar a colaboração, fornecendo uma alternativa para - ou até mesmo substituindo - comunicações por e-mail.
Embora a Microsoft esteja efetivamente disputando espaço com o Slack, ela rapidamente posicionou o Teams como o hub central de comunicações e colaboração dentro do Office 365 - conforme evidenciado pela decisão de substituir o Skype for Business pelo Teams.
Na verdade, a empresa pode já ter alcançado seu rival: um relatório de pesquisa da Spiceworks indicou que o Teams já é mais usado do que o Slack e está pronto para um crescimento mais rápido nos próximos dois anos.
A presença de longa data da Microsoft no local de trabalho, com o pacote Office (e, é claro, o Windows), fornece uma base sólida para crescer em colaboração - e o mercado em geral está em franca expansão.
"Claramente, a Microsoft está colocando algum peso atrás do Teams em termos de desenvolvimento de produto e marketing de produto", comenta Richard Edwards, analista de pesquisa e diretor de pesquisa da Freeform Dynamics. "Certamente já passou de uma espécie de projeto experimental tático há alguns anos para se tornar estratégico para a Microsoft."
Como usar o Teams
Em seu nível mais básico, o Teams é uma ferramenta de mensagens que permite a comunicação de texto entre os usuários, estejam eles no mesmo escritório ou trabalhando remotamente.
Ele suporta salas de chat em grupo com conversas segmentadas, bem como mensagens privadas entre indivíduos. Quando necessário, os usuários podem pular de mensagens instantâneas para uma chamada de vídeo ao pressionar um botão.
"É um método de conversa simples que a maioria das pessoas será capaz de entender", disse o diretor de pesquisa do Gartner, Larry Cannell.
No entanto, ele observa que o Teams é mais do que uma ferramenta de comunicação: ele também combina fortes recursos de colaboração de conteúdo, graças à integração com o portfólio de software da Microsoft. Os documentos do OneDrive podem ser acessados e editados sem sair do aplicativo, por exemplo.
"Esse é um dos pontos fortes que tem sobre o Slack", disse Cannell. “Não se trata apenas de chat em grupo, mas também de compartilhamento de arquivos em grupo e colaboração de conteúdo.”
A Microsoft lançou o seu diretório de aplicativos em janeiro de 2018 e o Teams se integra a vários bots e aplicativos de terceiros, incluindo ferramentas de gerenciamento de projetos como Trello, Smartsheet e Wrike.
O teams é mais um dos vários aplicativos de colaboração no portfólio da Microsoft, assim como o Yammer, o Outlook e o SharePoint, todos oferecendo algumas funcionalidades sobrepostas.
Preços
O Teams está disponível para titulares de contas do Office 365 em diferentes tipos de planos. Há a possibilidade de download gratuito para visualização. O mais barato par utilizar é o plano Business Essentials, que custa R@ 21,79 por usuário por mês. Já o Business Premium custa R$ 54,20. Saiba os recursos de cada plano.
Microsoft Teams vs. Slack (e outros)
À primeira vista, o principal rival do Teams é o Slack. Não surpreendentemente, o aplicativo da Microsoft foi desenvolvido em resposta a isso, disse Edwards. A Microsoft teria considerado adquirir o Slack em 2016, antes de o fundador Bill Gates e o CEO Satya Nadella vetarem planos em favor da Microsoft construir seu próprio aplicativo.
Em setembro de 2018, cerca de 329.000 organizações estavam usando o Teams - um aumento dos 200.000 apenas seis meses antes - embora a Microsoft não divulgue números mensais de usuários.
Atualmente, há 54 empresas com mais de 10.000 usuários ativos mensais na plataforma, entre elas a BP, a Honeywell e a Hitachi. A gigante de consultoria Accenture é a primeira implantação do Teams a passar a marca de 100.000 usuários.
Em comparação, o Slack tem três milhões de usuários pagos e 70.000 equipes pagas, com uma base total de usuários de oito milhões, graças ao seu nível gratuito.
Comparações entre aplicativos de colaboração concorrentes podem ser problemáticas, porque elas lidam com tarefas semelhantes de maneiras diferentes. Mas cada ferramenta oferece alguns pontos fortes importantes. No Teams, é a disponibilidade em determinadas assinaturas do Office 365 sem taxa extra. Isso cria um argumento convincente para usuários existentes do Office 365 - dos quais existem 155 milhões - usando Teams, em vez de gastar dinheiro com uma ferramenta separada.
Conforme as ferramentas de colaboração em grupo ganham adoção mais ampla, a Microsoft também pode alavancar suas raízes corporativas para incentivar lançamentos do Teams em larga escala. “O Teams chegou tarde para a área do software de colaboração baseado em bate-papo, mas têm a vantagem dos anos de experiência da Microsoft na adaptação de software para o ambiente corporativo", disse Hunter Willis, arquiteto de soluções da AvePoint.
No entanto, o Slack tem vantagens que melhor se adequam a algumas organizações e usuários. O Slack ganhou força com os primeiros adeptos das ferramentas de colaboração, particularmente entre os desenvolvedores. Combinar essa adoção “viral” é um desafio para a Microsoft.
Além disso, a abertura e capacidade de integração do Slack com uma ampla variedade de aplicativos é uma grande vantagem. “O Slack tem integrações mais prontas para uso com sistemas externos”, disse Cannell. “Por exemplo, o Slack tem integração com o Salesforce.”
É claro que o Slack está longe de ser a única ferramenta de bate-papo disponível. Existem muitos outros aplicativos que oferecem recursos semelhantes ao Teams em vários níveis. Por exemplo, o Hangouts Chat e o Hangouts Meet, do Google, também oferecem uma abordagem baseada em "suíte" e estão disponíveis junto com as ferramentas de produtividade do G Suite do Google, como o Gmail, o Docs e o Sheets.
Já o Webex, da Cisco - anteriormente Spark, - espelha o aplicativo da Microsoft, com foco semelhante em comunicações unificadas e bate-papo em grupo.
Desafios de implantação do Teams
Apesar do forte interesse do fornecedor em oferecer colaboração em equipe, o teams continua sendo uma tecnologia relativamente nova para muitos usuários de TI de negócios. Assim como na implantação de qualquer ferramenta de bate-papo em equipe, há desafios na implantação.
"Há um pouco de curva de aprendizado, é importante reconhecer isso", disse Edwards.
Embora alguns funcionários estejam ansiosos para experimentar novas ferramentas, como o Microsoft Teams, muitos se contentam mais em se ater a aplicativos familiares e podem precisar de mais incentivo para adotar uma nova maneira de trabalhar.
“Se você estiver usando o Outlook como o centro do seu mundo durante a maior parte de 10, 15 ou 20 anos, então mudar para qualquer outra coisa sempre apresentará um desafio, a menos que você possa ver inequivocamente que é um ambiente melhor para realizar o trabalho”, exemplifica Edwards.
Willis disse que, embora os aplicativos de mensagens possam ser simples de usar, o treinamento geralmente é necessário para obter o máximo de uma ferramenta como o Teams. “Desenvolver estratégias e processos de governança e segurança, e depois colocar o peso da organização no treinamento adequado, são passos que muitas organizações ignoram”, disse Willis.
Microsoft Teams substitui o Skype for Business

Um dos desenvolvimentos mais significativos em torno do Teams foi a decisão da Microsoft de substituir o Skype for Business. A ideia é criar um "hub único para trabalho em equipe", com o Skype for Business sendo desativado.

Startup cria programa on-line e gratuito para formação de desenvolvedores

Por Computerworld em 31/01/2019

Foto: Shutterstock

De olho no gap do mercado de Tecnologia da Informação (TI), com vagas de alta complexidade sem profissionais capacitados, a startupCode:Nation anunciou o lançamento do AceleraDev Brasil, programa de aceleração on-line gratuito para desenvolvedores criado para impulsionar potenciais talentos por meio de desafios de programação.
O foco da iniciativa é fazer uma ponte entre profissionais da área de TI e organizações em busca de novos colaboradores. As inscrições vão até o dia 17 de fevereiro por meio desta página.
Os profissionais capacitados podem ser contratados por empresas parceiras no fim do programa, que deve formar pelo menos 600 profissionais para trabalhar em empresas de tecnologia até o fim do ano.
Por enquanto, as empresa Movile, ContaAzul, Possible, Neoway e Loadsmart já estão confirmadas no AceleraDev Brasil, mas ainda há possibilidade de outras empresas utilizarem a plataforma.
Eduardo Varela, CEO da Code:Nation, explica que atualmente as empresas concorrem na contratação dos profissionais devido à falta de mão de obra especializada no setor de tecnologia, por isso é importante investir na capacitação de novos talentos.  “Se a gente não formar desenvolvedores agora, ficará inviável. A demanda só vai aumentar e o mercado vai ficar cada vez mais competitivo”, comentou.
O programa
No programa, os desenvolvedores precisam solucionar desafios. Os resultados são analisados e os candidatos passam por uma entrevista. Os selecionados começam o curso online de seis semanas que vai prepará-los para o mercado de trabalho. As empresas participantes pagam uma mensalidade ao longo do programa e, quando ele chega ao fim, têm acesso a todas as submissões de código dos candidatos, bem como a um perfil comportamental, experiências e evolução durante a aceleração. O time da Code:Nation as ajuda a filtrar os profissionais de acordo com o perfil desejado para que possam fazer propostas de emprego aos participantes.
Histórico
O primeiro programa de aceleração para desenvolvedores da Code:Nation aconteceu em 2017. A Loadsmart, uma das empresas parceiras na época, recrutou 80% da equipe via plataforma. “O CTO da empresa na sede de Florianópolis também foi recrutado através da Code:Nation”, lembrou Eduardo.
Profissionais formados
Matheus Frata é estudante de Engenharia Elétrica e Eletrônica e foi um dos participantes do primeiro programa de aceleração da Code:Nation, em 2017, em Florianópolis. “Foi um programa que deu um "up" na minha carreira profissional. Agregando conhecimento técnico, insights de empreendedores relevantes e experiência de ponta a ponta com um projeto real e bastante desafiador”, explicou.
Matheus conta também que aprendeu sobre desenvolvimento como um todo: linguagem de programação Python, Banco de Dados, Ciência de Dados, APIs, Processo de Deploy e como utilizar todo esse conhecimento em conjunto para realizar o projeto final. Após participar do programa ele foi selecionado e atualmente é estagiário em Desenvolvimento de Software na Neoway.
O engenheiro de Controle e Automação Leonardo Werk é outro exemplo. Ele participou do mesmo programa em 2017. “O programa de aceleração nos colocou em contato com CEOs e CTOs de startups de Florianópolis. Eles vieram bater papo com a gente sobre o mercado de empresas de tecnologia, sobre o dia a dia de desenvolvimento, e sobre coisas importantes para se levar em consideração quando estamos participando de processos seletivos”, relata. Ele também se destacou durante o programa de aceleração e agora é desenvolvedor Back End na empresa de logística Loadsmart.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Itaú inicia uso de blockchain para agilizar operações

Por Computerworld em 05/02/2018




O Itaú Unibanco inicia neste ano o uso de aplicação de blockchain voltada para o controle de margens. Denominada Blockchain Collateral, a iniciativa busca proporcionar mais agilidade, transparência e rastreabilidade no processo de solicitação e aporte de garantias de derivativos de balcão.

Nas chamadas de margem - processos em que o blockchain será testado -, os bancos negociam receber garantias, mitigando riscos de crédito para proteção contra variações desfavoráveis do mercado. O valor a ser aportado é recalculado e confirmado pelas partes periodicamente.

Com blockchain, bancos querem estabelecer um protocolo que trará ganhos de eficiência aos participantes e transparência no processo de auditoria. Com a solução, os participantes da rede podem fazer chamadas de margem entre si de forma padronizada, segura e descentralizada, utilizando a plataforma Corda do consórcio internacional R3. Blockchain: Veja com a SONDA algumas aplicabilidades dessa tecnologia Patrocinado 

O Itaú Unibanco é membro do R3, que, desde abril de 2016, reúne instituições financeiras do mundo todo para o estudo de aplicabilidade da tecnologia blockchain. O desenvolvimento dessa solução foi feito pelo banco e sua coligada Itaú BBA International, tendo sido convidados para participar do projeto no mercado brasileiro os parceiros com os quais o Itaú Unibanco possui contrato de chamada de margem.

Cristiano Cagne, diretor de Operações do Itaú Unibanco, comenta que a empresa está certa de que esta inovação trará ganhos reais de eficiência para o setor como um todo. "Estamos ansiosos para expandir os benefícios que a tecnologia blockchain oferece, este é um início promissor", destaca.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Com fábrica de semicondutores, Qualcomm quer impulsionar IoT no Brasil

Por Guilherme Borini em 05/02/2018 no site Computerworld



A Qualcomm anunciou nesta segunda-feira (5/2) mais um passo do seu projeto de fabricação de semicondutores no Brasil. A empresa assinou uma joint venture com a taiwanesa USI para instalação de uma fábrica de semicondutores para smartphonese dispositivos de internet das coisas (IoT) no País. A previsão de investimento é de US$ 200 milhões em cinco anos, em projeto que conta com apoio do Governo Federal e do Estado de São Paulo.

A fábrica, que ficará sob responsabilidade de produção da USI, será instalada na região de Campinas (SP), onde as empresas já buscam um endereço. Segundo Rafael Steinhauser, presidente da Qualcomm para América Latina, a ideia é se instalar em um prédio já construído e transformá-lo para receber a produção. A companhia projeta 2020 como ano de início da fabricação. A Qualcomm será responsável pelo desenvolvimento e desenho dos módulos.

"É um projeto que começou em 2012 com um acordo de colaboração para estimular a inclusão digital via smpartphones. Seguimos em 2014 com um novo acordo para avaliar a possibilidade de inserir o Brasil na cadeia de semicondutores. Surgiu a ideia de trazer para o Brasil o projeto com um novo tipo de componente e o governo nos estimulou e escolheu dois parceiros importantes para isso", destacou Steinhauser, durante conversa com jornalistas antes da assinatura do acordo, no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo.

Além dos representantes da Qualcomm e USI, a cerimônia contou com participação do ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações Gilberto Kassab, bem como de Geraldo Alckmin, governador do Estado de São Paulo.

Componente inédito

O centro de desenvolvimento e fabricação, como as empresas denominam o espaço, abrigará a produção de um componente inédito. Trata-se do "SiP", linha de módulos system in package com chipsets, que incluirá em apenas um componente frequências de rádio e componentes digitais para smartphones e dispositivos de IoT. Todos os componentes, como memória e gps, estarão "encapsulados" em uma única solução e, com isso, fabricantes poderão utilizar o produto com mais facilidade e agilidade para desensolvimento de dispositivos. Saiba mais: Entenda com a SONDA os desafios da segurança na Internet das Coisas Patrocinado 

O Brasil será o primeiro país a fabricar o componente, mas, por enquanto, o foco é apenas no mercado nacional. No entanto, Cristiano Amon, presidente global da Qualcomm, vislumbra potencial para exportação.

Segundo a empresa, os produtos são desenvolvidos para simplificar dramaticamente os processos de engenharia e fabricação, além de poupar custos e tempo de OEMs e fabricantes de dispositivos de IoT. Desenvolver os componentes no Brasil pode também permitir a redução do déficit de importação de circuitos integrados ao expandir e diversificar a produção brasileira de semicondutores.

"Potencial de exportação existe. Depende de criar modelo de negócio que tenha escala no mercado brasileiro. Nao tenho dúvida que, se a solução atingir o mercado brasileiro, tem potencial para exportação", destacou Amon.

Foco em IoT

A Qualcomm afirma que o módulo simplifica os processos de design e fabricação, o que, consequentemente, reduz o prazo de comercialização. "Não precisa de tanta complexidade no desenho e fabricação", pontuou Steinhauser.

O foco é levar a tecnologia para além dos smartphones, seguindo uma tendência global de dispositivos conectados. Com a primeira "missão" cumprida, auxiliando no desenvolvimento de poderosos smartphones, Amon diz que o próximo passo da companhia está totalmente ligado à IoT e dispositivos conectados. "É essa nossa visão de 5G, que é simplesmente levar conectividade para todas as coisas com velocidade e confiabilidade. Por isso falamos que a transformação do 4G para o 5G será como como foi a eletricidade", afirmou.

Apostando na facilidade de alcance do chip, a aposta é atingir todas as indústrias com IoT. "Muitas das indústrias (em diversos setores) não têm a capacitação de uma Samsung ou Motorola, por exemplo. Por isso entregar uma solução já integrada, como o SiP, ajuda a trazer competitividade e agilidade para adoção", comentou Amon.

Empregos

Outra contribuição que o projeto pretende dar ao Brasil é na criação de empregos. A expectativa é que a fábrica tenha de 800 a 1 mil funcionários.

Mas mais do que criar empregos, o foco é preparar o País para ser de fato uma potência em semicondutores. Para isso, mercados fortes como China e Taiwan serão essenciais.

"Traremos pessoas de fora para capacitação e também levaremos pessoas daqui para mercados como Taiwan e China, para voltarem qualificados. Temos pouca mão de obra com essa experiência no Brasil. Precisaremos fazer essa colaboração com o exterior. Esse é um passo importante, mas apenas o primeiro. O Brasil precisa desenvolver know how e esperamos que esse projeto seja sucesso no mercado nacional", completou Amon.