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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Startup cria programa on-line e gratuito para formação de desenvolvedores

Por Computerworld em 31/01/2019

Foto: Shutterstock

De olho no gap do mercado de Tecnologia da Informação (TI), com vagas de alta complexidade sem profissionais capacitados, a startupCode:Nation anunciou o lançamento do AceleraDev Brasil, programa de aceleração on-line gratuito para desenvolvedores criado para impulsionar potenciais talentos por meio de desafios de programação.
O foco da iniciativa é fazer uma ponte entre profissionais da área de TI e organizações em busca de novos colaboradores. As inscrições vão até o dia 17 de fevereiro por meio desta página.
Os profissionais capacitados podem ser contratados por empresas parceiras no fim do programa, que deve formar pelo menos 600 profissionais para trabalhar em empresas de tecnologia até o fim do ano.
Por enquanto, as empresa Movile, ContaAzul, Possible, Neoway e Loadsmart já estão confirmadas no AceleraDev Brasil, mas ainda há possibilidade de outras empresas utilizarem a plataforma.
Eduardo Varela, CEO da Code:Nation, explica que atualmente as empresas concorrem na contratação dos profissionais devido à falta de mão de obra especializada no setor de tecnologia, por isso é importante investir na capacitação de novos talentos.  “Se a gente não formar desenvolvedores agora, ficará inviável. A demanda só vai aumentar e o mercado vai ficar cada vez mais competitivo”, comentou.
O programa
No programa, os desenvolvedores precisam solucionar desafios. Os resultados são analisados e os candidatos passam por uma entrevista. Os selecionados começam o curso online de seis semanas que vai prepará-los para o mercado de trabalho. As empresas participantes pagam uma mensalidade ao longo do programa e, quando ele chega ao fim, têm acesso a todas as submissões de código dos candidatos, bem como a um perfil comportamental, experiências e evolução durante a aceleração. O time da Code:Nation as ajuda a filtrar os profissionais de acordo com o perfil desejado para que possam fazer propostas de emprego aos participantes.
Histórico
O primeiro programa de aceleração para desenvolvedores da Code:Nation aconteceu em 2017. A Loadsmart, uma das empresas parceiras na época, recrutou 80% da equipe via plataforma. “O CTO da empresa na sede de Florianópolis também foi recrutado através da Code:Nation”, lembrou Eduardo.
Profissionais formados
Matheus Frata é estudante de Engenharia Elétrica e Eletrônica e foi um dos participantes do primeiro programa de aceleração da Code:Nation, em 2017, em Florianópolis. “Foi um programa que deu um "up" na minha carreira profissional. Agregando conhecimento técnico, insights de empreendedores relevantes e experiência de ponta a ponta com um projeto real e bastante desafiador”, explicou.
Matheus conta também que aprendeu sobre desenvolvimento como um todo: linguagem de programação Python, Banco de Dados, Ciência de Dados, APIs, Processo de Deploy e como utilizar todo esse conhecimento em conjunto para realizar o projeto final. Após participar do programa ele foi selecionado e atualmente é estagiário em Desenvolvimento de Software na Neoway.
O engenheiro de Controle e Automação Leonardo Werk é outro exemplo. Ele participou do mesmo programa em 2017. “O programa de aceleração nos colocou em contato com CEOs e CTOs de startups de Florianópolis. Eles vieram bater papo com a gente sobre o mercado de empresas de tecnologia, sobre o dia a dia de desenvolvimento, e sobre coisas importantes para se levar em consideração quando estamos participando de processos seletivos”, relata. Ele também se destacou durante o programa de aceleração e agora é desenvolvedor Back End na empresa de logística Loadsmart.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

A empresa que transforma o smartphone num 'super GPS’

Geraldo Samor em 08/02/2018 no site Brazil Journal


Uma empresa do Recife desenvolveu uma tecnologia de geolocalização de precisão inédita — com aplicações em marketing, CRM e prevenção de fraude — transformando o smartphone num ‘super GPS’ e aumentando o potencial de monetização para anunciantes.

Usando tecnologias já embarcadas no smartphone, a In Loco, fundada por ex-alunos de ciência da computação da Universidade Federal de Pernambuco, permite conhecer e prever o comportamento dos consumidores com grau de precisão e assertividade inéditos.

Para ganhar capilaridade, a In Loco fez acordos com os aplicativos mais baixados do mercado para embutir sua tecnologia: quando um usuário baixa o app, a In Loco pega carona.

Para entender onde o usuário está, a In Loco usa o wifi e outras tecnologias embarcadas no celular que a maioria dos usuários sequer sabem existir: o acelerômetro (que entende o número de passos que a pessoa deu, o tamanho de cada passo e a direção), o giroscópio (sensor que entende para onde o celular está apontando nas três direções), e o magnetômetro (um subconjunto da bússola).

“Cada local físico tem um conjunto de distorções magnéticas que é único — uma espécie de impressão digital daquele local,” diz André Ferraz, que fundou a In Loco com amigos de faculdade há cinco anos. 

A tecnologia desenvolvida pela In Loco agrega, processa e determina a localização do usuário com uma precisão de dois ou três metros. Para efeito de comparação, trata-se de uma precisão 30 vezes maior que o GPS usado pelo Waze ou pelo Google Maps. Mais: a tecnologia consome 3.000 vezes menos bateria que um GPS tradicional, permitindo que o algoritmo fique rodando non-stop. Ao longo de um dia, a aplicação da In Loco consome 0,5% de uma carga de bateria.

A In Loco está fazendo avanços num terreno que tem sido pedregoso para as maiores companhias do Silicon Valley. 

O Google chegou a ter 150 engenheiros trabalhando para desenvolver uma tecnologia de indoor location, mas o projeto foi descontinuado em 2017. Agora, o Google está investindo em outra tecnologia chamada beacon, que depende da instalação de um dispositivo bluetooth para viabilizar a localização. Há dois problemas: o custo do hardware e o fato de menos de 5% das pessoas com smartphones usarem o bluetooth o tempo todo. Segundo André, para conseguir o mesmo mapeamento (em quilômetros quadrados) que a In Loco tem hoje, a tecnologia beacon demandaria um investimento de US$ 10 bilhões. 

No ano passado, o Facebook abriu uma competição para desenvolvedores de indoor location e teve 6 mil inscritos: o melhor deles obteve 60% da precisão da In Loco. Finalmente, a Apple comprou duas empresas de indoor location technology — uma americana em 2011, e uma israelense em 2014 — mas ainda não lançou nenhum produto.

Hoje, a tecnologia da In Loco está embarcada em 60 milhões de smartphones no Brasil (por meio de mais de 600 apps), mas a ambição da companhia é global. A In Loco já está em 3,5 milhões de smartphones nos EUA, e deve chegar a 10 milhões em março.

Até agora, a In Loco desenvolveu três aplicações para sua tecnologia. A primeira delas, a In Loco Media, permite a anunciantes obter mais assertividade em suas campanhas e já tem clientes como Pizza Hut, Jeep, Coca-Cola, Mondelez e Boticário. A ideia da In Loco é passar a cobrar dos clientes um CPV — custo por visita à loja física — em vez do famigerado CPM (custo por mil) cobrado nas campanhas do Google e Facebook. O cliente só paga à In Loco se o usuário for atraído até sua loja e ficar ali mais de cinco minutos.

“Um cliente nosso comparou o CPV a um contrato de ‘success fee’ em que os dois lados ganham,” diz Adrian Ferguson, que se juntou à In Loco Media no ano passado depois de 27 anos no mercado publicitário.

A segunda aplicação, o Engage, é uma ferramenta de CRM que permite a companhias identificar o contexto ideal para interagir com seus clientes por meio do aplicativo. Por exemplo, a partir dos insights da In Loco, um aplicativo de táxis descobriu que não estava engajando seus clientes em locais como aeroportos e bares. De posse do diagnóstico, o app começou a fazer promoções usando a geolocalização e conseguiu aumentar o número de corridas. O CRM do aplicativo não conseguiria chegar ao mesmo diagnóstico porque a tecnologia da In Loco consegue ‘ver' onde os usuários se encontram mesmo quando eles não estão usando o app.

A terceira aplicação, o In Loco ID, previne fraude a partir do conhecimento dos hábitos do usuário, e já está sendo usado por dois bancos digitais. Como dependem de fotos de documentos para abrir contas, os bancos estão suscetíveis a fraude.

Como quase toda startup, a In Loco já flertou com o desastre. Quando foi fundada em 2013, a companhia levantou recursos junto à Naspers para durar dois anos, mas acabou focando sua tecnologia num produto com uso limitado: serviços de geolocalização, tendo shopping centers como o cliente final. Quando faltavam dois meses para o dinheiro acabar, a In Loco fez o ‘pivot’ que a salvou da extinção: lançou um novo produto, focado em publicidade, que começou a gerar caixa quase imediatamente.

Em 2015, a companhia faturou US$ 1,5 milhão. No ano seguinte, US$ 5 milhões e, ano passado, US$ 12 milhões.

No Carnaval, Ferraz vai para São Francisco conversar com fundos de venture capital para uma nova captação, que deve financiar o crescimento nos EUA. Já disse aos sócios que só volta quando a rodada estiver garantida.

Ele diz ser quase impossível para empresas como Google e Facebook fazer o que a In Loco está fazendo. O motivo: o paradigma de privacidade.

"Todo o modelo de negócios do Google e do Facebook está baseado neles saberem exatamente quem é o usuário deles. Já a nossa tecnologia enxerga padrões mas não enxerga o RG que está lá na ponta. Na medida em que a sociedade aumentar sua demanda por privacidade, eles teriam que abandonar toda a sua base de usuários e começar do zero" para replicar o que a In Loco faz hoje.

O avanço nas tecnologias de geolocalização — assim como a chamada Internet of Things — marcam a transição da computação para um novo estágio chamado ‘Computação Ubíqua’.

Um pesquisador da Xerox PARC, Mark Weiser, propôs o conceito num artigo em 1991. Weiser previu que a computação um dia será, na vida cotidiana, igualzinha à energia elétrica.

Invisível.

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Com um aplicativo de compras, a Menu inova fazendo a ponte entre fornecedores e pequenos restaurantes

 - 5 de setembro de 2017 no site Draft

Os fundadores Leonardo Almeida (o primeiro à esquerda), Gustavo Penna (o segundo) e parte da equipe da Menu, no escritório em São Paulo.
Os fundadores Leonardo Almeida (o primeiro à esquerda), Gustavo Penna (sentado no pufe à direita) e parte da equipe da Menu, no escritório em São Paulo.

Leonardo Almeida é um daqueles talentos precoces que tinha tudo para se tornar um executivo de sucesso. Mas, aos 29 anos, decidiu largar uma carreira promissora e ascendente em uma multinacional para se tornar empreendedor, um sonho que acalenta desde os 15 anos, quando abriu uma banquinha no interior de Minas Gerais para consertar computadores. Leonardo é um dos sócios da Menu.com.vc, startup voltado ao mercado B2B que abastece bares e restaurantes, no mesmo estilo das tradicionais distribuidoras de produtos, mas por meio de uma plataforma digital.
“Fazemos a intermediação entre a indústria e pequenos bares e restaurantes, possibilitando a venda direta da indústria para esses comerciantes”, diz Leonardo, ao contar que a sacada do negócio surgiu quando ele ainda estava no mundo corporativo, justamente na área de e-commerce de uma empresa de eletrodomésticos. “Sempre tive a ideia de empreender e, mesmo quando estava empregado, ficava pensando nisso. O insight veio da constatação de que não havia nenhum grande e-commerce de alimentos e bebidas no Brasil, e fiquei pensando como seria possível criar algo inovador para este segmento.”
Para amadurecer a ideia, ele decidiu retomar contato com um velho amigos dos tempos de trainee, Gustavo Penna. Gustavo curtiu a ideia, mas achava que a grande oportunidade estava no atendimento a bares e restaurantes de pequeno e médio portes. “Sem escala para comprar diretamente da indústria, esses comerciantes acabavam indo a atacadistas. Por isso decidimos mirar neles”, conta Leonardo.
Isso tudo ocorreu no ano passado. A Menu tem pouco mais de sete meses — foi lançada em dezembro de 2016, depois de onze meses de projeto dos dois co-fundadores. “Gustavo era gerente para bares e restaurantes da BRF em Brasília e achou que tínhamos uma oportunidade genial de fundir nossos conhecimentos. Ele com distribuição de alimentos e bebidas e, eu, com logística, e-commerce e solução digital. Foi aí que nasceu a Menu”, diz Leonardo. O investimento inicial no negócio foi de 1 milhão de reais, captado com investidores-anjo (que pedem para não ser identificados).
QUANDO INOVAR SIGNIFICA RESOLVER PROBLEMAS SIMPLES
A partir da plataforma da Menu (ou direto do aplicativo, por enquanto somente no sistema Android) pequenas e médias empresas têm acesso a produtos diretamente da indústria (pense em baldes de polpa açaí, caixas de sachês de catchup, pacotes de arroz etc), de forma mais prática e econômica, por eliminar a figura do atacadista na transação. Usando a plataforma da startup, os pedidos saem diretamente do estoque da indústria para o estabelecimento. Sem nem precisar se deslocar até os atacadistas, o comerciante resolve tudo pelo seu celular ou computador e os produtos são entregues em menos de 24h, em uma única entrega, mesmo que sejam de fornecedores diferentes. “E a nossa vitrine é inteligente: ela aprende com as compras e, quando o cliente acessa a plataforma, dá de cara com os produtos ligados ao seu nicho de negócio”, conta Leonardo.
O cliente não paga nada a mais por essa facilidade. O comerciante só precisa se cadastrar no site e fazer a compra — que é faturada diretamente pela indústria. Esta, por sua vez, paga uma comissão para a Menu. Se o comerciante já era cliente de determinado fornecedor na indústria e passou a comprar por meio da Menu, a comissão é uma. Porém, se ele se tornou cliente a partir da Menu, a comissão é um pouco maior. “O percentual é variável, mas fica entre 8% e 15% do valor total da compra”, diz Leonardo.
A vantagem para a indústria, prossegue o fundador, é que ela ganha uma estrutura complementar de venda e tem acesso a um cliente que até então, por conta do número pequeno de pedidos e do custo da logística, estava fora de seu escopo. “Além do mais, a gente consegue aumentar o preço médio de venda. Por exemplo: tal produto custa 10 para atacadista, que o revende por 13, mas com o nosso aplicativo, a indústria vende o mesmo produto, lá na ponta, por 13. Ela paga comissão para gente, mas o que antes rendia 10, agora rende 11,50, já descontada a nossa comissão”, diz, e arremata:
“Mesmo pagando a nossa taxa, a indústria ganha mais do que antes”
O custo da entrega é dividido entre as indústrias participantes — cerca de 60 marcas até agora — e a logística é gerenciada pela Menu. A frota de caminhões é formada por um pool de motoristas autônomos que são microempreendedores. “Funciona como uma espécie de Uber. O  motorista é dono do próprio caminhão, mas trabalha sob nossa orientação”, diz Leonardo.
Por enquanto, a startup opera apenas em São Paulo e Rio de Janeiro, mas o plano é expandir para para o Centro-Oeste, Brasília e Minas Gerais até o fim deste ano. “Acreditamos que a nossa solução tem aderência com a América Latina toda, mas agora, vamos trabalhar para consolidar o negócio aqui e atingirmos 16 Estados até o final de 2018”, diz o fundador, que como todo empreendedor, sonha sempre mais alto. O ano de 2019 deve ser o ano da expansão para a América Latina. Argentina, Chile, Paraguai, Uruguai e México estão na lista. “Depois disso, esperamos que outros segmentos que sofrem das mesmas dores da indústria de alimentos se interessem por nossa ferramenta”, diz Leonardo e prossegue:
“Nosso sonho é ser um hub de comerciantes para toda a América Latina”
A Menu tem, atualmente, 3 mil clientes cadastrados. Desses, 1,5 mil já fizeram compras e cerca de 500 são recorrentes que já fizeram mais de 14 pedidos consecutivos. Conquistar a América Latina está longe, é verdade, mas a startup tem mantido um crescimento de 35% a 40% ao mês (ritmo que pretende manter até o final de 2018). A expectativa de faturamento para este ano é de 6 milhões de reais.
DE ASSALARIADO A DONO DE EMPRESA
Apesar de cada passo da Menu estar trazendo resultados até melhores do que os planejados, Leonardo diz que “foi duro” abandonar a carreira de executivo para se tornar empreendedor. Ele passou por um subsidiária da Vale em São João Del Rey, onde fez faculdade de Economia, que lhe deu a oportunidade de passar três meses em Londres desenvolvendo um projeto em sustentabilidade. Quando voltou, já transformado pelo tamanho do mundo que viu pela frente, decidiu arrumar as malas e se mudar para São Paulo.
Aqui, começou como trainee da Whirlpool, e em pouco mais de quatro anos, passou para coordenador e gerente de e-commerce da Brastemp. Em 2015, nova mudança. “Eu era responsável pela logística internacional da Suzano. Mas, desde que saí da Whirpool, já vinha com o olhar de querer fazer alguma coisa minha. Eu desenvolvia algumas ideias mas quando percebia que não tinham potencial, acabava abandonando”, conta.
A batida do martelo veio quando surgiu a oportunidade de uma promoção dentro da Suzano, mas para isso, teria de se mudar do Brasil. Ao mesmo tempo, ele enfrentava um problema familiar que exigia que permanecesse em São Paulo (o padrasto fazia um tratamento de saúde e ele queria estar por perto). Ele fala de um medo comum:
“Ninguém está pronto para escolher abandonar uma carreira construída com tanto esforço e mergulhar no Brasil para empreender”
E prossegue: “A estabilidade de uma multinacional traz alguns confortos que é difícil de abandonar, como uma salário bom, carro da empresa, benefícios… Mas, ao mesmo tempo eu pensava que com o passar do tempo seria cada vez mais difícil abrir mão disso. Se eu realmente quisesse empreender, teria que ser naquele momento. Esse fator externo, da família, acabou me ajudou a tomar a decisão”. Parece ter escolhido a opção certa do menu.

DRAFT CARD

  • Projeto: Menu.com.vc
  • O que faz: Venda direta de alimentos e bebidas para bares e restaurantes
  • Sócio(s): Leonardo Almeida, Gustavo Penna, Pedro Molinar e Rafael Miller.
  • Funcionários: 12
  • Sede: São Paulo
  • Início das atividades: 2016
  • Investimento inicial: R$ 1 milhão
  • Faturamento: R$ 6 milhões (estimativa para 2017)
  • Contato: atendimento@menu.com.vc e (11) 94212-8103

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Startup brasileira usa inteligência artificial para contratar profissionais de TI

Por Carla Matsu
Em 06/09/2017 no site IDGNow.

Lachlan de Crespigny e Lucas Mendes lançaram a Contratado.me em 2014
Procurar por um novo emprego pode exigir certa dose de resiliência. Convenhamos, encontrar uma vaga que atinja suas expectativas é - quase sempre - um convite à frustração. E não só isso, pense em todas as entrevistas de emprego, com seus tantos testes, dinâmicas em grupo e todo e qualquer tipo de avaliação que pode muito bem levá-lo a questionar as decisões que você tomou desde aquele teste vocacional, feito precocemente na escola. É o tipo de coisa que demanda bom-humor e flexibilidade.  
Pois, uma startup brasileira se debruçou sobre esse cenário e se questionou se o uso de tecnologia poderia tornar o processo todo mais eficiente, pelo menos no que diz respeito a contratação de talentos nas áreas de tecnologia e de negócios. A resposta resultou na criação da Contratado.me, lançada há três anos no Brasil.
Com base em São Paulo, capital, a startup tem como sócios fundadores o brasileiro Lucas Mendes, 33, e o australiano Lachlan de Crespigny, 32. Em resumo, a companhia desenvolveu uma plataforma que usa big data e machine learning para otimizar o recrutamento de profissionais. Só que ao invés de colocar a vaga no centro do processo, a Contratado inverte a lógica e faz do candidato a razão para quais as empresas a buscam, em primeiro lugar. 
“Queremos transformar a forma como empresas e talentos de alto potencial se conectam. Hoje em dia isso acontece mais por indicação e consultorias operam de forma muito offline. Os sites de vagas são uma espécie de classificados de jornal, só que online. Acho que conseguimos transformar esse modo de conexão”, aposta Lucas Mendes, em entrevista ao IDG Now!.
A inteligência artificial te encontrará um emprego
A Contratado diz ter como objetivo oferecer os melhores profissionais para as melhores empresas. E para isso, a empresa encontrou na inteligência artificial a sua melhor garantia.
“Não gostamos da ideia de que tem uma pessoa que diga qual currículo é bom ou não. Preferimos usar os dados das empresas dentro do nosso marketplace para atribuir uma pontuação dentro do currículo”, diz Mendes.
Segundo o empreendedor, a plataforma aprova apenas cerca de 5% de todos os candidatos. Os currículos, que chegam por meio de cadastro (profissionais podem fazê-lo de forma gratuita), são analisados por um algoritmo, que fará a primeira triagem. Mendes explica que se houver um número maior de empresas com demanda por candidatos com certas habilidades, experiências e universidades, essa combinação ganhará um ponto na avaliação dos currículos. E são essas pontuações que alimentam o algoritmo da Contratado. 
Depois, aqueles selecionados pelo algoritmo passam para uma segunda etapa, que consiste na realização de testes técnicos adaptados de acordo com as habilidades e experiências de cada um. Um candidato que seja um desenvolvedor front end, por exemplo, realizará testes para medir o seu conhecimento em HTML e javascript. 
Para Mendes, essa curadoria garante profissionais melhor habilitados para um universo que se prepara para a transformação digital. Ao se focar em talentos com especialidades como programação, design, marketing digital e negócios, a Contratado também garante um nicho que, até então, tem passado ao largo da crise.
“Quando conversamos com as primeiras 50 empresas, vimos que muitas delas falavam sobre como era difícil contratar talentos em TI”, diz o cofundador.  “Outra razão é que o candidato de TI é muito mais difícil de ser avaliado pelo RH, ele precisa de uma validação mais técnica”, completa.  
Segundo a startup, até então mais de cem mil profissionais já foram avaliados e cinco mil recrutadores já se cadastraram. Por meio da plataforma, foram feitas mais de dez mil ofertas de emprego. 
Em contrapartida, atrair os melhores candidatos exige também atrair as melhores empresas, um balanço que leva em consideração o crescimento e histórico da companhia, valores e até mesmo o quanto as empresas empregam de tecnologia. Entre as contratantes há nomes como Natura, Monsanto, Via Varejo e 99.
Para os candidatos, a Contratado garante o cadastro gratuito da plataforma, já as empresas contratantes precisam pagar por um plano de assinatura.
A startup recebeu investimento anjo de outros empreendedores brasileiros, mas não informa os valores já levantados. Para 2017, Mendes diz que a meta é concluir uma nova rodada de investimento e dobrar a startup de tamanho. “Estamos no caminho para isso”, diz o empresário.
Em um horizonte onde a inteligência artificial e a automação parecem ameaçar todas as profissões, Mendes diz que a Contratado não visa jogar sombra ao setor de recursos humanos. “De forma alguma a gente acha que isso substitui o recrutamento humano", diz. "A gente oferece ferramentas para facilitar o processo de contratação das empresas. Mas não fazemos entrevistas, a parte comportamental. Seria arrogante achar que conseguimos dar essa resposta cultural para todas as empresas”, completa.

terça-feira, 4 de julho de 2017

Cresce número de startups especializadas em soluções para o varejo

Da Redação
01 de Julho de 2017 no site Computerword





O mercado brasileiro já conta com 216 startups que desenvolvem soluções para o setor de varejo e consumo. É o que mostra o Liga Insights Retail, mapeamento realizado pela Liga Ventures, aceleradora especializada em gerar negócios entre startups e grandes empresas. O mapeamento, que envolveu mais de 4 mil startups, foi feito em parceria com o OasisLab, primeiro espaço brasileiro de inovação especializado em varejo.

O levantamento tomou como base diversas fontes, como inscrições para os programas de aceleração e eventos da Liga Ventures, informações do Laboratório de Varejo da Universidade Positivo, recomendações, notícias em portais de negócios e busca ativa de startups. Ao todo, foram avaliadas 4.163 startups em todo o país e as 216 enquadradas como especializadas em varejo foram distribuídas em 11 categorias que cobrem toda a cadeia do setor, com soluções que trazem inovações para gestão de lojas (31 startups), pagamentos (26 startups), logística (18 startups), IoT, big data e novas tecnologias (21 startups), entre outros.

De acordo com Rogério Tamassia, sócio-diretor da Liga Ventures, há uma enxurrada de novidades surgindo para o segmento de varejo capitaneadas por startups e esse é o primeiro estudo completo feito sobre esse tema no Brasil. “O relatório permite que os varejistas tenham uma visão abrangente do panorama de inovação que impacta diretamente seus negócios, bem como nos ajuda a gerar inteligência e traçar tendências desse mercado", explica.

Loja 4.0

Das 216 startups mapeadas, o estudo classificou 115 delas como desenvolvedoras de soluções da chamada “Loja 4.0”, conceito cunhado por Fabíola Paes, fundadora da Neomode e head de laboratório de varejo no OasisLab. A especialista enfatiza que, graças ao smartphone, o cliente do varejo acessa uma série de ferramentas que influenciam sua experiência. Essa mudança, segundo ela, representa uma oportunidade para aplicar na loja tecnologias como internet das coisas, realidade virtual e realidade aumentada, robótica, inteligência artificial, aplicativos, entre outras. “Essa ‘inteligência digital’ aprimora a experiência de compra e permite ao consumidor, por exemplo, realizar suas compras de casa e ir à loja só para retirar o produto, evitando filas, ou receber ofertas daquilo que realmente interessa à sua necessidade”, afirma Fabíola.

O relatório surge pouco depois de a Liga Ventures anunciar a Liga Retail, novo programa de aceleração focado em conectar startups com grandes empresas do setor de varejo e que também conta com parceria do OasisLab.

Confira abaixo algumas startups especializadas em varejo e os segmentos em que atuam









quarta-feira, 31 de maio de 2017

Secovi-SP busca startups com soluções inovadoras para setor imobiliário

Por Computerworld em 30/05/2017

Startups com projetos inéditos focados em soluções para os diversos segmentos do mercado imobiliário já podem se inscrever no MoviMente, iniciativa dos Novos Empreendedores do Secovi-SP, sindicato que representa mais de 80 mil empresas do mercado imobiliário do estado de São Paulo, como loteadoras, incorporadoras, imobiliárias e administradoras de condomínios.

"Nossa proposta é abrir um canal de comunicação entre startups e empresas do setor, oferecendo visibilidade e incentivo para quem está começando e oportunidade de inovação para quem já está consolidado no mercado. O Secovi-SP será a ponte que vai unir esses dois lados", explica Marcia Taques, coordenadora-adjunta do Secovi NE e coordenadora do grupo de estudos de Inovação, que originou a iniciativa.

Os projetos recebidos até o dia 9 de junho serão avaliados por uma comissão e os selecionados participarão de rodadas de encontros para apresentar suas ideias e serão avaliados por uma banca com grandes nomes do setor. "Nossa proposta é ouvir, avaliar e abrir caminho àquelas que realmente agreguem valor aos negócios do setor. Aplicativos, conceitos, enfim, tudo o que possa trazer soluções será mais que bem-vindo", comenta Carolina Ferreira, coordenadora do Secovi NE.

Aos melhores projetos estão reservados mentoria com especialistas em inovação e no mercado imobiliário e ‘pitches’ em agosto, na Convenção Secovi 2017, um dos maiores e mais importantes eventos do mercado imobiliário do Brasil, que reúne centenas de empresários e profissionais para discutir tendências e o futuro do setor.

Serão levados em consideração alguns critérios de seleção, como ineditismo e tecnologia; inovações incrementais: economias operacionais; otimização de uso de espaços; formas diversas de prestação de serviços; desburocratização em processos.

O regulamento está disponível no site, onde também há acesso para inscrições de interessados.