Em 07/04/2017 no ciste Ceiri
No dia 1º de abril, a Ministra de Defesa alemã, Ursula von der Leyen,criou o Exército Cibernético alemão, como uma nova ramificação das forças militares do país, conhecidas como Bundeswehr, em paralelo com o Exército, a Marinha, a Força Aérea, o Serviço Médico Conjunto e o Serviço de Apoio Conjunto. O Exército será chamado “Comando de Ciberespaço e Informação” (KdoCIR), e será liderado pelo general Ludwig Leinhos.
O KdoCIR terá a responsabilidade de defender a Alemanha contra os diversos ciberataques que as Forças Armadas vêm sofrendo. A necessidade do Exército Cibernético provém da intensidade e frequência com a qual as Forças alemãs vêm sendo atacadas. Segundo o jornal Deutsche Welle, já foram mais de 284 mil ataques de fontes online, só nas primeiras seis semanas do ano. O que torna as Forças Armadas um alvo tão desejado são, além dos seus segredos militares, as armas controladas por tecnologia da informação e sistemas computadorizados.
Como não é uma subdivisão de uma Força específica, e sim uma outra que atua em paralelo com as demais, o Comando de Ciberespaço e Informação terá sua própria estrutura organizacional, e irá centralizar cerca de 13.500 militares e civis que trabalham com defesa cibernética na Alemanha. Além disso, a Bundesweh vem buscando contratar especialistas em TI e tenta criar a imagem de ser um empregador de tecnologia da informação moderno e atrativo.
O esforço alemão em militarizar sua presença cibernética condiz com a tendência global que vêm sendo observada, principalmente na virada do século XXI, de encarar o espaço cibernético como um ponto estratégico e como a nova face dos teatros de guerra, em conjunto com céu, terra, mar e espaço.
É uma estratégia similar a adotada por países como os Estados Unidos, com o seu United States Cyber Command (USCYBERCOM); a China, com a Unidade 61398 do Exército de Liberação do Povo (61398部队); a Rússia, que, apesar de não ter um nome oficial para o público, possui um Exército cibernético, como foi confirmado pelo ministro de defesa russo Sergey Shoigu; e o Brasil, com o Centro de Defesa Cibernética, o qual faz parte do Programa Estratégico do Exército de Defesa Cibernética. O motivo oficial para a criação destes Exércitos cibernéticos é defender-se, no entanto, vale ressaltar, ele pode ser utilizado de maneira ofensiva.
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