sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

5 tendências para a tecnologia blockchain em 2018

Por Amanda Bastiani em 04/01/2018 no site Criptomoedasfacil



Um interessante artigo escrito por Minda Zetlin para o The Enterprisers Project, site de notícias sobre o futuro dos negócios e da tecnologia, comenta sobre o aumento da popularidade da blockchain, como as empresas têm se comportado frente à novidade e o que devemos esperar para a tecnologia em 2018, a partir de uma entrevista realizada com Paul Brody, líder de inovação e blockchain na Ernst Young, empresa multinacional de auditoria e consultoria.
A blockchain tem chamado a atenção por diversos motivos, entre eles a oportunidade percebida em torno das criptomoedas, além da crescente cultura de projetos de financiamento coletivo através das ofertas iniciais de moeda (ICOs, na sigla em inglês). Hoje em dia, um número crescente de empresas está testando o poder da blockchain para ajudar a facilitar transações e rastrear os ativos através da tecnologia de contabilidade distribuída.
Confira as 5 tendências que Paul Brody enxerga para a tecnologia em 2018:

1. Blockchain deixará de ser piloto e passará a ser produção

“Blockchains estão aparecendo em projetos piloto em todos os lugares”, diz ele. “À medida que esses pilotos e provas-de-conceito amadurecem, enquanto muitos serão abandonados, outros avançarão em direção aos sistemas de produção”. Esse processo será necessário para ajudar os líderes da tecnologia empresarial a determinar quais blockchains possuem de fato valor agregado e quais são apenas modinha, completou Brody.

2. O uso de provas de conhecimento nulo crescerá

Todos concordam que um poderoso caso de uso da blockchain será como plataforma para transações entre empresas. Mas qual formato essa plataforma terá? Alguns especialistas prevêem que as grandes empresas criem suas próprias blockchains privadas, nas quais fornecedores e outros parceiros comerciais se juntarão. Brody acha que tudo está errado. “Fornecedores e clientes não podem e não se juntarão à blockchain privada de cada um de seus parceiros de negócios”, diz Brody. “O futuro a longo prazo da blockchain depende da capacidade das empresas de realizar negócios privados em uma infra-estrutura pública e compartilhada”.
É aí que entram as provas de conhecimento nulo. Brody descreve certas provas de conhecimento nulo como uma operação matemática e uma ferramenta criptográfica que permite que uma parte prove para a outra que algo é verificado, sem que a segunda parte precise de informações adicionais (como uma chave privada). “As provas de conhecimento nulo estão apenas começando a mostrar modelos de trabalho em 2018”, diz Brody. “Eles permitirão que as blockchains tenham elementos-chave de segurança e privacidade sem renunciar à redundância e à imutabilidade que vem da sincronização das informações de transações completas em toda a rede”.

3. As redes blockchain aprenderão como cumprir regras

“Os contratos inteligentes são ferramentas poderosas para automatizar operações e processos nos negócios, e eles se tornarão facilitadores de produtividade para empresas que buscam aproveitar a tecnologia blockchain”, diz Brody. Mas há um problema: o que acontece quando as partes de um contrato entram em uma disputa?
Esses assuntos geralmente são resolvidos pelos tribunais, mas eles não têm autoridade sobre as redes de blockchain, que são descentralizadas, não têm um único árbitro ou executor e, geralmente, cruzam as fronteiras geográficas. Votar em toda a rede pode ser uma maneira de resolver as disputas, mas pode levar a problemas se uma das partes tiver uma melhor reivindicação legal, mas a outra parte é mais popular.
Os participantes em redes de blockchain geralmente concordam antes de juntar-se para serem vinculados por certas regras, mas nem sempre é claro como implementar e aplicar essas regras quando há disputas, diz Brody. “Este será um novo desafio que deve ser abordado em 2018.”

4. A blockchain se tornará sua própria ferramenta de rastreamento de ativos

“Ainda há muitos sistemas de blockchains que parecem tratar esta incrível tecnologia inovadora como um tipo de serviço digital notável ou de distribuição de dados”, afirma Brody, acrescentando que as pessoas que vêem a blockchain apenas nesses termos estão se esquecendo de algo importante: a tokenização, ou seja, moedas digitais que representam ativos específicos. Esse é o caso de uso que aumenta o diferencial da tecnologia.
Você pode usar um token para representar um item à medida que ele se move através da rede e, assim, garantir que ele nunca esteja em dois locais ao mesmo tempo, explica Brody. De forma semelhante, você pode usar tokens para representar ativos líquidos em moedas tradicionais. Ele diz que esta abordagem “oferece todos os benefícios das soluções baseadas em blockchains sem risco de câmbio”.

5. Haverá uma queda em algum momento nos próximos anos

“Com as tecnologias emergentes uma onda de campanha publicitária tende a impulsionar o investimentos e emoções, mas algo acabará com essa bolha em fase inicial”, diz Brody. E talvez isso seja bom. “Devemos enxergar um reestabelecimento como um sinal de maturidade do mercado e espero que venha logo e não depois”, diz ele. “Não irá diminuir a transformação a longo prazo das indústrias com base em criptomoedas e blockchains. E eliminará algumas das idéias mais pesadas que estão sugando talentos neste negócio”.

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