25 de Agosto de 2017
O Departamento de Justiça dos EUA acusou o chinês Yu Pingan, de 36 anos, de conspirar com outros dois conterrâneos para piratear as redes de três empresas norte-americanas, cujos nome não foram revelados.
Yu foi acusado de usar, entre outras ferramentas de hacking, código malicioso que mais tarde foi usado em um ataque contra a rede de computadores do Escritório de Gestão de Pessoal do governo americano, que abriga informações de todos os funcionários federais e sobre dezenas de milhares de trabalhadores que solicitam autorizações de documentos ultrassecretos. Além disso, ele teria violado uma série de companhias, incluindo a Anthem, uma das maiores empresas de seguro saúde dos EUA.
O caso é a primeira acusação formal contra um chinês, desde que em 2015 o presidente Barack Obama e o presidente Xi Jinping da China firmaram um acordo para troca de informações sobre roubo de segredos comerciais industriais. À época, Obama advertiu Xi Jinping que os Estados Unidos puniriam os criminosos com a aplicação da lei tradicional e poderia recorrer a sanções contra o país asiático.
A ação, impetrada na terça-feira, 22, desta semana em um tribunal federal de San Diego, na Califórnia, não revelou o nome das empresas vítimas do ciberataque, mas disse que elas tinham sede em Los Angeles, São Diego e Massachusetts, segundo o jornal The New York Times.
Yu foi acusado de usar o software malicioso conhecido como Sakula, descoberto em dezembro de 2012. O FBI havia identificado o uso do malware apenas em novembro de 2012, sugerindo que o chinês faz parte de um pequeno grupo de hackers que usam esse código malicioso. O Sakula foi detectado depois em uma série de outros ataques cibernéticos contra computadores do governo dos EUA. A mesma técnica foi usada pelos hackers chineses nos ataques a Anthem e outras seguradoras de saúde.
Yu foi preso segunda-feira, 21, no Aeroporto Internacional de Los Angeles e fez sua primeira aparição pública na terça-feira, 22, no Tribunal Federal de San Diego. O chinês, que mora em Xangai, é especialista em segurança de redes e programação de computadores. Seu advogado disse que ele também era professor de informática.
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