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quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Microsoft lança linguagem de programação para computadores quânticos

Por Renato Santino em 12/12/2017 no site Olhar Digital.

Resultado de imagem para computação quântica

A Microsoft está se preparando para a revolução da computação quântica. A empresa deu nesta terça-feira, 12, um novo passo para esse futuro com o lançamento de uma nova linguagem de programação chamada Q# (pronuncia-se Q Sharp), que entrou oficialmente em fase de preview público após seu anúncio em setembro.
Para acompanhar a sua linguagem de programação, a Microsoft também lançou um simulador quântico, voltado para que os desenvolvedores consigam testar seus algoritmos. A ideia é permitir que a computação quântica ganhe aspectos da programação convencional, permitindo a criação de funções e variáveis com coloração de sintaxe e um debugger quântico. Até hoje, esse tipo de computador tinha algoritmos criado à base de ligações de portas lógicas.
Segundo a Microsoft, o kit pela linguagem de programação e o simulador é integrado ao Visual Studio, então “alguns aspectos serão familiar para pessoas que já desenvolvem aplicações em outras linguagens de programação”. A empresa lançou um simulador local capaz de simular até 30 qubits de poder de computação quântica utilizando um notebook comum. Uma versão do simulador usando o Azure, a plataforma de nuvem da Microsoft, pode chegar a até 40 qubits.
A ideia da Microsoft é abrir a tecnologia para uma vasta gama de usos e áreas diferentes. A mais significativa das áreas é a da criptografia. Espera-se que com o advento da computação quântica, todos os protocolos que usamos hoje para proteger as comunicações digitais se tornarão inúteis com um computador quântico poderoso o bastante. Será interessante ver como a tecnologia se desenvolve a partir daí.

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Microsoft e Amazon se unem para facilitar criação de inteligência artificial

LUCAS CARVALHO
Em 12/10/2017 no site Olhar Digital


Microsoft e Amazon Web Services, a divisão de T.I. da gigante do e-commerce Amazon, anunciaram nesta quinta-feira, 12, uma nova parceria estratégica. As companhias revelaram o Gluon, uma interface de acesso público para desenvolvedores que quiserem criar suas próprias máquinas com inteligência artificial.
O Gluon oferece modelos e ferramentas pré-montadas para quem quiser desenvolver algoritmos de machine learning ou deep learning para os mais diversos fins, desde bots de conversa até assistentes acionados por comandos de voz e sistemas de direção autônoma para carros. O API pode ser baixado no GitHub.
Desenvolver um sistema de inteligência artificial requer, em geral, três passos: colher dados, criar um modelo e desenhar um algoritmo que aplique os dados ao modelo. O processo para automatizar esse ciclo pode levar dias, semanas ou meses, dependendo do tamanho da equipe trabalhando. É isso o que Microsoft e Amazon querem corrigir.
Através do Gluon, desenvolvedores têm acesso a uma interface de programação que já vêm preparada para lidar com grandes quantidades de dados e aplicar modelos e algoritmos mais rapidamente a eles. A plataforma também pode ser usada para editar ou atualizar sistemas de inteligência artificial já montados mais facilmente.
Desenvolvedores podem usar o Gluon a partir desta quinta no Apache MXNet 0.11, o framework da Amazon. Suporte ao Microsoft Cognitive Toolkit (CNTK) deve chegar "em breve". Tutoriais estão disponíveis no site do Apache MXNet.

terça-feira, 27 de junho de 2017

Novo vírus se espalha pelo mundo e pode já ter chegado ao Brasil

Por Gustavo Sumares
Em 27/06/2017 no site Olhar Digital

Última atualização 13:23
Depois do desastre causado no mês passado pelo ransomware WannaCry, uma nova ameaça chamada "Petya" surge hoje. De acordo com o New York Times, bancos e empresas europeias, tanto públicas quanto privadas, estão sendo afetados por um ataque de ransomware que cobra do usuário US$ 300 em bitcoin para liberar suas máquinas. O Brasil também pode ter sido atacado, conforme apurou o Olhar Digital.
Por enquanto, o país mais afetado é a Ucrânia. Por lá, diversos bancos e empresas - incluindo o banco central e a empresa estatal de energia - foram atingidos por um "vírus desconhecido". Como resultado, os bancos "estão tendo dificuldades com serviços de clientes e para desenvolver suas operações bancárias", disse o banco central numa declaração.
A estatal de energia, Ukrenergo, também afirmou ter sido afetada. No entanto, segundo uma declaração enviada pela empresa à Reuters, o ataque não teria impactado a distribuição de energia no país. Outra empresa afetada por lá foi o metrô, que comunicou sua infecção por meio do Twitter, como pode ser visto abaixo:
Brasil
O Olhar Digital apurou que o Hospital do Câncer de Barretos, no interior de São Paulo, teve parte de seus sistemas desligados nesta terça por conta de um ataque hacker. A assessoria do hospital confirmou o caso, e de acordo com imagens enviadas por leitores, tudo indica que se trata do mesmo ransomware.
Disseminação
Fora da Ucrânia, a empresa dinamarquesa de logística Maersk também foi afetada. Ela comunicou o problema por meio do Twitter, indicando que seus sistemas de TI "caíram em múltiplos locais e unidades de negócios", conforme pode se ver abaixo:
We can confirm that Maersk IT systems are down across multiple sites and business units. We are currently assessing the situation.
O vírus também já chegou aos Estados Unidos, onde afetou os escritórios da empresa de direito DLA Piper. No Reino Unido, a maior empresa de propaganda do mundo, a WPP (proprietária de empresas como Ogilvy e Burston-Marsteller) também foi afetada. Em declaração à Reuters, a WPP afirmou que seus sistemas de TI "foram afetados pelo que suspeita-se ser um ciberataque", e que "está avaliando a situação e tomando as medidas apropriadas".
No Brasil, o Hospital de Câncer de Barretos emitiu um comunicado em seu Facebook alegando que "seu sistema foi afetado por uma invasão envolvendo hackers" na manhã de hoje. O ataque causou a interrupção de alguns dos atendimentos do Hospital. O Hospital São Jorge de Barretos, segundo um leitor, também teria sido afetado. O relato do hospital se assemelha ao de outras empresas afetadas, mas ainda há confirmação de que se trata exatamente do mesmo ataque.
Outra empresa que disse ter sido afetada foi a russa Rosnoft, uma espécie de "Petrobras da Rússia". Ela comunicou que o vírus havia atingido seus servidores, mas ainda não estava claro quanto dano ele havia causado. O tweet da Rosnoft pode ser lido abaixo:
На серверы Компании осуществлена мощная хакерская атака. Мы надеемся, что это никак не связано с текущими судебными процедурами.
Conforme noticiado pelo The Verge, usuários isolados na França e no Reino Unido também relataram ter sido infectados. Assim como o WannaCry, o ransomware criptografa os arquivos do HD da vítima e exige um pagamento em bitcoins para descriptografá-los. Segundo dados da cadeia de blocos, a conta associada aos atacantes já recebeu mais de um bitcoin (cerca de R$ 9.000).
Possível diagnóstico
Ainda não se sabe ao certo qual é exatamente o tipo de ransomware responsável por esse ataque. Um pesquisador da Kaspersky Lab identificou-o como o vírus Petrwrap, uma versão do ransmoware Petya que foi identificada pela primeira vez em março. Segundo a Avira, o Petrwrap está explorando a mesma vulnerabilidade de SMB do Windows que o WannaCry explorava para se espalhar. Os tweets de pesquisadores das duas empresas podem ser vistos abaixo:
The fast-spreading Petrwrap/Petya ransomware sample we have was compiled on June 18, 2017 according to its PE timestamp.
Tanto o The Verge quanto o New York Times especulam que a origem do ataque possa ser a própria Rússia. O Times ressalta que os dois países seguem em conflito na região da Crimeia desde 2014, e que o país já foi vítima de um ciberataque russo que deixou parte do seu território sem energia por mais de seis horas.
No entanto, o governo da Ucrânia não parece estar desesperado com a situação. Recentemente, a conta oficial do país no Twitter recomendou que seus cidadãos não entrassem em pânico, tuitando o meme abaixo:

Some of our gov agencies, private firms were hit by a virus. No need to panic, we’re putting utmost efforts to tackle the issue 👌

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Cientistas usam inteligência artificial para criar drogas

Por Leonardo Pereira.
Em 25/04/2017 no site Olhar Digital.

Uma empresa de São Francisco, na Califórnia, chamada Atomwise está usando inteligência artificial para geração de novas drogas, numa tentativa de acelerar o processo de descoberta de remédios.
Eles desenvolveram um sistema chamado AtomNet e convidaram pesquisadores e acadêmicos dos Estados Unidos para detalhar seus estudos à máquina, assim ela poderia aprender sobre cada tema e trabalhar em cima deles. Como resultado, os convidados receberão de volta 72 drogas que a inteligência artificial julga eficazes para interação com essas doenças.
Alexander Levy, cofundador e COO da empresa, disse ao Quartz que seu sistema usa os mesmos princípios que uma inteligência artificial focada em reconhecimento de imagem. A diferença está simplesmente no objeto de estudo: uma máquina busca reconhecer padrões em pixels para simplificar as representações e aprender o que é, por exemplo, um cavalo ou uma lâmpada, enquanto a outra faz o mesmo, só que estudando moléculas em vez de pixels.
A AtomNet não dá uma palavra final, mas apenas indica potenciais soluções. Seus componentes precisam passar por uma série de checagens antes de serem tratados como remédios. Porém, pelo menos duas criações do sistema estão prestes a serem liberadas: uma droga que combate ebola e outra contra esclerose múltipla; a primeira está sendo preparada para publicação, enquanto a outra foi licenciada para uma companhia farmacêutica.