Por César Filho em 03/03/2020 no site CIO.
Foto: Shutterstock |
Dados são o novo petróleo! Esta frase, cada vez mais comum, demonstra
o valor dos dados para todos os mercados. Estamos na era do Conhecimento, a era do Saber. Mas a realidade é que dados, a exemplo do petróleo, em si, em sua essência, não servem para nada!
Para que um dado tenha valor de mercado,
ele precisa ser captado, processado, refinado. E, por conta disso, os
profissionais desta área são os mais demandados no presente.
Através do tratamento de dados, é possível entender um hábito,
um costume, uma característica individual que podem ser comparados e
associados às características de outro grupo de pessoas. Assim, é criada
o que se chama de persona, uma espécie de estereótipo que contribui
para a tomada de decisão das empresas, desde onde investir em
propaganda, até mesmo saber como diferenciar seu atendimento, serviço ou
produto para dar mais satisfação ao cliente.
Neste cenário, a pessoa que se transforma em especialista na extração
dessas informações da grande massa de dados que as empresas processam
se tornou uma peça fundamental na engrenagem de qualquer estratégia de inovação e crescimento.
Embora haja diferenciação de nomenclatura, esses profissionais atualmente estão distribuídos nas seguintes camadas hierárquicas:
Cientista de Dados
É um dos profissionais mais demandados, com altos valores de
remuneração, mas que traz uma exigência muito grande de conhecimento de programação, de inteligência artificial e de arquiteturas de sistemas de dados. Esta carreira é para poucos e com poucas, mas bem remuneradas vagas - salários que podem chegar a R$ 35 mil.
Analistas de dados
Já os Analistas de Dados ou Gestores de Dados são os
especialistas que se valem da fonte de dados que é criada pelos
cientistas. Há uma grande oferta de vagas, bem remuneradas, pois agregam
valor direto ao segmento produtivo da empresa. Salários que variam
entre R$5 mil e R$20 mil, de acordo com o segmento.
Designers de Dashboards
Os Designers de Dashboards (painéis de dados) são
profissionais bastante importantes porque expressam em painéis sinóticos
os valores, as grandezas dos indicadores (informações tidas como
chaves) para auxiliar os momentos de tomadas de decisão. Os indicadores
hoje não são expressos em tabelas e sim em gráficos que mudam de cor,
alteram suas formas para indicar a proximidade de pontos “críticos”
positivos ou negativos para a operação da empresa, do departamento, como
os reservatórios de combustível indicando limites baixos ou altos.
Salários no mercado podem variar de R$7 mil R$15 mil.
Designer de coletas de dados
Os criadores de consultas ou de pesquisas são os Designers de
Coletas de Dados. Eles são importantes por criar pesquisas, formulários
que sejam eficientes no seu objetivo sem desgastar o usuário do
instrumento. Salários podem variar de R$4 mil a R$12 mil.
A satisfação do cliente, a sua fidelização, os diferenciais de
atração são elementos fundamentais nesta realidade do saber, do
conhecer e se aproximar. É importante que os profissionais percebam essa
nova realidade de mercado, onde dados transformados em informações são
insumos essenciais para qualquer segmento e estar preparado para
utilizar estas informações é o que é identificado como inteligência de
negócios.
*César Silva é diretor Presidente da Fundação de Apoio à
Tecnologia (FAT) e docente da Faculdade de Tecnologia de São Paulo –
FATEC-SP há mais de 30 anos. Foi vice-diretor superintendente do Centro
Paula Souza. É formado em Administração de Empresas, com especialização
em Gestão de Projetos, Processos Organizacionais e Sistemas de
Informação.
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